14/01/2008

Primeiro Registo Do Ano Para Os Smashing Pumpkins

Era um dado adquirido mal começou o ano: alguém teria de ter a honra de abrir o panorama discográfico de 2008.

E essa honra coube aos Smashing Pumpkins, que lançaram um EP (extended play) contendo 4 músicas em formato acústico.

O registo, chamado American Gothic, vem no seguimento do álbum Zeitgest, lançado no verão passado.

Sendo este um álbum em formato acústico, e contendo apenas 4 canções, é difícil fazer uma análise detalhada ao registo, no entanto é sempre possível tirar algumas conclusões.

A primeira delas é que é um álbum de regresso ao tom de algumas das baladas que caracterizaram a banda. A música de abertura faz lembrar um pouco clássicos como a 1979 ou a Tonight, Tonight, mas com a clara diferença de ser tocada em formato acústico e de ainda se notar a falta dos elementos antigos....

Outra é que este EP vai ter um papel mais importante para a banda em termos de imagem do que propriamente em termos de trabalho e produção. Isto porque depois de 7 anos inactivos, e com um line up onde apenas figuram dois elementos originais (e não, James Iha não faz parte deste novo projecto), este é um álbum que diz que os Smashing Pumpkins voltaram para ficar e para dar de novo alegrias aos fãs.

E pelo feedback que vi em relação à sua actuação no ano passado no Alive, parece que se estão a safar bastante bem nessa função.


Setlist:
  1. "Rose March" - 4:32
  2. "Again, Again, Again (The Crux)" - 3:44
  3. "Pox" - 3:38
  4. "Sunkissed" - 5:10
Classificação SATW:

07/01/2008

Música no (meu) coração

Bem-vindos ao que será o meu cantinho de suspiros musicados.
Para ter um espacinho em mim, a canção tem que musicar os meus silêncios. Silêncios que vou perdendo no tempo, na circunstância evitada. Silêncios.
Assim, quebrando-o orgulhosamente, aceitei este convite.
As três pancadinhas de Moliére para o que é o Teatro do meu batimento cardíaco: a “Música no (meu) coração”.

1- “Guaranteed”- Eddie Vedder

Dia 7 de Janeiro de 2008 estreia no VH1, em exclusivo, este videoclip. Os sábios e transparentes olhos azuis de Eddie Vedder (vocalista dos Pearl Jam) estão, agora, a solo na banda sonora do filme “Into the wild”.

They think of me and my wandering,
but I'm never what they thought
I've got my indignation, but I'm pure in all my thoughts
I'm alive...

Wind in my hair, I feel part of everywhere
Underneath my being is a road that disappeared
Late at night I hear the trees, they're singing with the dead
Overhead...
Leave it to me as I find a way to be
Consider me a satellite, forever orbiting
I knew all the rules, but the rules did not know me
Guaranteed


2- “Hold Still II”- David Fonseca e Rita Redshoes

Quantas vezes na monotonia dos dias cinzentos não quiseste dizer “Hold still for a moment”? Ficou o desejo sepultado e, nada mais a acrescentar, se o momento não se deu.

E o meu/dele/nosso mais recente tesourinho, “I see the world through you”.

(Gouveia, 19 de Janeiro, eu vou!)


3- “Terra dos sonhos” – Jorge Palma

A genialidade do mundo em palavras de génio.
Andava eu sem ter onde cair vivo
Fui procurar abrigo nas frases estudadas do senhor doutor
Ai de mim não era nada daquilo que eu queria
Ninguém se compreendia e eu vi que a coisa ia de mal a pior
Na terra dos sonhos, podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal
Na terra dos sonhos toda a gente trata a gente toda por igual
Na terra dos sonhos não há pó nas entrelinhas, ninguém se pode enganar
Abre bem os olhos, escuta bem o coração, se é que queres ir para lá morar
Andava eu sozinho a tremer de frio
Fui procurar calor e ternura nos braços de uma mulher
Mas esqueci-me de lhe dar também um pouco de atenção
E a minha solidão não me largou da mão nem um minuto sequer
(…)
Se queres ver o Mundo inteiro à tua altura
Tens de olhar para fora, sem esqueceres que dentro é que é o teu lugar
E se às duas por três vires que perdeste o balanço
Não penses em descanso, está ao teu alcance, tens de o reencontrar


4- A qualidade e originalidade femininas em apenas dois (grandes) exemplos.

Os objectos infantis, que tantas vezes me despertaram uma terrível “neura”, acompanhados de uma harpa e “tcharam”:
“Hairnet paradise”- Cocorosie.



A multiplicidade de instrumentos contidos no corpo humano:
“Au port”- Camille



5- E por fim, a cereja em cima do bolo. Há possibilidade, ainda que "ainda" não confirmada, de termos Dave Grohl e a sua banda este ano em Portugal, durante o festival Alive. Estou incrivelmente feliz!

Atenciosamente, Inês.
Aguardo o que de vós vier.

04/01/2008

Supernada Lançam Álbum Em Março

É com bom grado que publicamos a primeira notícia digna desse nome aqui neste nosso/vosso espaço musical, e que melhor notícia para a abertura, do que anunciarmos que os Supernada irão lançar o seu primeiro disco dia 30 de Março, do presente ano?



Não, não me enganei nem vocês leram mal. Por estranho que pareça, estou mesmo a falar do primeiro álbum da banda.

Juntos desde 2002, já com inúmeras canções prontas e após efectuarem concertos regulares pelo país, o álbum é o passo lógico a dar, e se me é permitido o comentário e a analogia, só peca mesmo por tardio, pois estava prestes a tornar-se o "Chinese Democracy" português.

Continuam a achar estranho estar a dar tanta importância a uma banda que está prestes a lançar o primeiro álbum? Bem, se nunca ouviram falar dos Supernada (o que sinceramente dúvido), nomes como Ruca (baterista nos Pluto, guitarrista nos Supernada), Miguel Ramos (baixo), Eurico Amorim (teclas), Francisco Fonseca (bateria) and the last but not the least Manel Cruz, reconhecido não só pelo seu excelente desempenho nos Pluto, mas principalmente pelo seu tempo nos Ornatos Violeta, banda essa que ainda hoje deixa saudosa muita gente, e que é tida em conta como uma das melhores bandas portuguesas de sempre.

Assim sendo, é natural a notícia do lançamento de um álbum, mesmo sendo este o primeiro, de uma banda que conta com tão bons elementos provocar uma reacção de genuína expectativa a quem conhece os anteriores trabalhos de alguns dos elementos do grupo.

Contem com mais informação para breve.

03/01/2008

We Want You


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Luís Miguel

É isso mesmo. Nós, como qualquer outra pessoa gostamos de ter o feedback do nosso trabalho, e não há melhor maneira do que termos a colaboração de quem nos lê para termos essa percepção.
Assim sendo, esta é a nossa forma de vos retribuir, dando visibilidade ao que vocês pensam na primeira pessoa, sem estarem sujeitos ao tema dos nossos artigos.
Este novo espaço será acompanhado por mais duas rúbricas, que serão apresentadas em breve.

Fiquem atentos