29/12/2007

Happy New Year

Chegado que está o fim do ano, o Sounds Against The Wall não quis ser diferente das publicações musicais com valor por essa Internet fora, e resolvemos também nós fazer uma espécie de rescaldo do ano que passou.

Comecemos pelos álbuns que destacamos como sendo os "melhores":

Em 1º Lugar: Neon Bible - Arcade Fire



Depois de lançarem o álbum de estreia em 2005, álbum esse merecedor das melhores críticas por todo o mundo, o segundo registo dos canadianos Arcade Fire era esperado com espectativas naturalmente elevadas. E a verdade é que eles não desiludiram, antes pelo contrário.

Ao longo das 11 faixas do álbum, os Arcade Fire mostram-se mais adultos, evoluindo a meu ver num ponto que foram criticados no primeiro álbum: as letras.

De resto, músicas como Intervention, No Cars Go ou a Keep The Car Running ajudaram a tornar este registo não só um álbum sólido, mas também um álbum com singles poderosos.


Em 2º Lugar: Boxer - The National



Posso dizer este álbum me levou a querer conhecer toda a discografia desta banda, e acho que melhor elogio não lhe posso fazer.

Este é o quarto álbum da banda norte-americana, e é daqueles álbuns que ficam melhores à medida que o vamos ouvindo.

Letras rebeldes, um tom melancólico quase na fronteira com o triste, instrumentos no mesmo tom são a combinação perfeita para fazerem um dos melhores álbuns do ano.

A quem não conhece nada da banda, aconselho as músicas Fake Empire e Start a War. Vão ver que não se irão arrepender.


Em 3º Lugar: In Rainbows - Radiohead



Os Radiohead surpreenderam toda a gente ao lançarem o álbum ainda este ano, e ainda por cima disponibilizando-o de foram gratuita através da internet.

Em relação ao álbum em si, para quem conhece a banda, não ficará espantada pelo nível qualitativo, se bem que poderá estranhar algumas mudanças. Mas, ironicamente isso até poderá deixar de ser estranho se considerarmos que os Radiohead nunca se mantiverem fieis a um estilo único, optando sempre por inovar de álbum para álbum.

Pouco mais há a dizer, pois nesta altura as análises já foram mais do que muitas, mas se ainda não o ouviram, não esperem mais.


Feita que está a análise ao que melhor este ano nos trouxe, nada melhor do que prever o que que o próximo ano nos trará. Assim sendo, posso adiantar que anseio pelo:

Álbum dos Metallica: Depois do St.Anger, que foi gravado sem baixista, e com todas os contratempos que tiveram, fazer algo menos bom que o St.Anger será impossível. Assim sendo, o 9º álbum dos Metallica, que conta com Rick Rubin na produção é aguardado com espectativas elevadas pelos fãs da banda, nos quais me incluo.

Álbum dos Alice In Chains: Sendo esta uma das minhas bandas preferidas, um álbum deles seria sempre motivo de natural ansiedade. Mas esse sentimento é ampliado pelo facto de este ser o primeiro álbum produzido depois da morte do ex-vocalista e letrista Layne Staley.

E por agora, penso que está tudo.

O Sounds Against The Wall deseja-vos um 2008 cheio de boa música, e não se esqueçam de passar por cá.

28/12/2007

Good Christmas

Antes de mais, apresento as nossas sinceras desculpas por vos termos deixado sem avisar e (pior ainda) sem deixar uma mensagem a desejar-vos um "Bom Natal", mas a verdade é que o passámos à volta da lareira a estudar compositores para clarinete em dó sustenido do séc. XVIII. Ok, pronto admito, passámos o Natal a ver o Chicken Little e a comer rabanadas... Por isso mesmo, temos a grandiosa honra de vos oferecer um presente natalício que tem tanto de atrasado (como podem ver pela data do post) como de qualidade.
Comece por tirar o lacinho...
Depois, desembrulhe o papel (com cuidado, que ainda dá para o ano)
e... UMAS MEIAS!
Ok, presente errado.
Abra este:........... e, é................ Beirut!
Esta banda, lançou o seu primeiro CD em 2006 (Gulag Orkestar), não dando muito nas vistas. No entanto, quem tem a sorte de ouvir, reconhece logo a sua qualidade. Por um lado, tem uma sonoridade característica da europa de leste, com intervenção de variados instrumentos. Por outro lado, o mentor da banda: Zach Condon, originário do Novo México, possui uma voz soberba onde se nota uma maturidade anormal visto ter apenas 21 anos. Este ano, os Beirut lançaram o seu segundo CD (The Flying Clup Cup) onde se nota um crescimento exponencial comparando com o primeiro álbum da banda.
Assim, aconselho-vos a estarem atentos a esta pequena Grande banda.
Deixamos também uma música deles no nosso gira-discos para dar uma pequena amostra da essência de Beirut.

Site oficial da banda: http://www.beirutband.com


P.S. Gostaria de agradecer ao meu primo Vasco, pois foi ele que me aconselhou a ouvir Beirut, e como de costume não decepcionou!

17/12/2007

A Cor Infinita

Na música, há vários factores a equacionar, entre eles temos: Instrumental; letra; vocal; etc...
Hoje em dia, encontramos bandas com excelentes vozes, instrumentais divinos e letras esplêndidas, no entanto, nem a fusão de todas estas componentes num só grupo consegue equiparar-se a uma banda que jamais será passado e que para além de todas essas características, consegue ter muito mais...
Falo pois claro de: Pink Floyd.
Não por ser a minha banda de eleição, nem tão pouco por os considerar o que de melhor o Mundo teve o privilégio de ouvir.
Formados em 1964 após uma sucessão de distintos nomes como: "Sigma 6"; "The Abdabs" etc, faziam parte da sua estrutura inicial: "Syd Barret" (voz e guitarra); "Bob Klose (guitarra solo); "Nick Mason" (bateria); "Roger Waters (voz e baixo) e "Richard Wright" (teclas e voz), nessa altura, sob a "liderança" de Syd Barret. Bob Klose sai por não se enquadrar na música cada vez mais "rock psicadélico" que Barret proporcionava à formação.
No entanto, Syd Barret, já afectado pelas drogas e acima de tudo, pela extrema genialidade, entra num grave estado mental que o obriga a saír dos palcos e posteriormente a abandonar por completo a banda, deixando para trás as letras que ainda ia compondo. Assim, os Pink Floyd assistem ao começo de uma nova era com a entrada de David Gilmour para o lugar de Barret em 1968.
Não me querendo alongar com datas e factos, acabo muito resumidamente a história dos Pink Floyd.
Depois da Saída de Barret, há uma predominância da parte de Roger Waters que se mostra incompatível com Gilmour, o que levou ao seu abandono da banda, ficando David Gilmour o principal mentor da banda britânica.
Uma forte componente da banda são os espectáculos ao vivo ornamentados por grandes esquemas de luzes, imagens e objectos, dando assim uma forte componente visual a adicionar à poderosíssima sonoridade proporcionada.

Aqui fica a discografia:

Álbuns Originais


Álbuns ao vivo

* Ummagumma – Duplo álbum contendo um disco ao vivo e um disco de estúdio com originais

Compilações




DVD and Video



Feita uma curta apresentação da banda, passo ao que de mais importante há.
A genialidade de Pink Floyd começa desde logo na sua música baseada num rock progressivo, que no entanto é impossível de definir, encontrando-se dentro da mesma, vestígios de Acid, rock psicadélico, blues etc... Tudo isto numa sonoridade que incorpora ainda sons do quotidiano, simples vozes, passos, máquinas, uma banal brisa, explosões e tantos outros sons que fazem parte da nossa realidade. Isto, aliado às letras de intervenção onde constam duras críticas às sociedades contemporâneas e que tocam também temas como a guerra como se pode verificar de forma bastante explícita no álbum: The Final Cut.
Todas estas características fazem de Pink Floyd a lgo transcendente à música. É história, é sentimento, é genialidade, é Vida, é também um toque de loucura na mais pura forma de pequenos grandes sons.
Acrescento sinceramente também que toda esta relevância que dou a Pink Floyd deve-se ao facto de ouvir quase que inconscientemente desde muito pequeno por exclusiva culpa do meu pai. E talvez por isso mesmo, tenho a música de Pink Floyd intrínseca a mim mesmo de uma maneira muito pessoal.
Considero também que a maioria dos álbuns de Pink Floyd não devem ser tratados como uma compilação de músicas, mas sim, como uma espécie de livro que se deve ouvir na devida ordem, à medida que se sente e entende a música...
Assim, mais uma distinção para com as demais bandas de músicas individualizadas, de onde se revelam um ou dois êxitos que acabaram por se extinguir como qualquer hit de modas levianas.


Tenho plena consciência de que fica muito para dizer, mas, é algo que me supera em infinita escala...


Luís Miguel

Agora é a minha vez de deixar um comentário aos fantásticos Pink Floyd, seguindo o exemplo do Leaven em relação aos Metallica.
Visto os Pink Floyd não serem a minha banda preferida, acho que não sou suspeito ao afirmar que a considero a melhor e maior banda de sempre. Estranho isto? Nem por isso. Apesar de Metallica ser a banda que está cá dentro, e de forma subjectica acha-los os melhores, os Pink Floyd têm um peso e uma história que os coloca quase num mundo à parte, onde a comparação se torna absurda. Obras-primas como o Dark Side of The Moon (álbum que aconselho a a ouvir de olhos fechados, deixando a mente absorver cada nota), o já citado The Final Cut ou o sempre actual the Wall "falam" por si sobre a qualidade da banda, e das razões que me levam a classifica-la como a melhor de sempre.
Para quem só os conhece pela canção Another Brick In The Wall (canção essa que pela letra e mensagem servem de "suporte" a este espaço), não desperdicem a oportunidade de conhecer uma banda que não se limita a oferecer-nos uma completa e perfeita harmonia entre vozes, instrumentos e ritmos, mas que em vez disso, nos presenteia com MÚSICA no seu estado mais puro.

10/12/2007

From Los Angeles To The World....


Feita que está a introdução a este espaço, nada melhor do que passarmos à música própriamente dita. E como estou convencido que este será um espaço que será acompanhado por fieis seguidores, nada melhor do que dar a conhecer um pouco de cada um de nós, musicalmente falando.

Uma das formas de nos dar a conhecer é sem dúvida dizermos o nome das nossas bandas preferidas, mas nós iremos mais longe, e cada um de nós irá falar-vos da sua banda preferida.

Coube-me a mim a honra (e responsabilidade) de ser o primeiro, e para quem já me conhece um pouco, a banda de que irei falar não constituirá surpresa. Para quem não conhece também não ficará muito surpreso, pois não fui muito original na "escolha" da banda...

Os Metallica, banda originária de Los Angeles são desde 1983 (ano em que lançaram o primeiro ábum) até hoje uma das bandas mais bem sucedidas de sempre, tendo vendido mais de 90 milhões de cópias dos seus álbuns.

Com uma formação clássica (um baterista, um baixista, um guitarrista líder e um guitarrista rítmico), os Metallica cedo se destacaram das restantes bandas de thrash metal, sendo por isso muita das vezes reconhecida como a banda que levou o metal ao mainstream, acabando assim com muitos dos dogmas existentes.

Longos e belos solos, poderosos riffs, letras polémicas q.b., atitudes condizentes com o seu estatuto de banda metal foram apenas alguns dos ingredientes que levaram esta banda a tornar-se adorada e ouvida por milhões de pessoas em todo o mundo.

Fazem parte do seu portfólio artístico 8 álbuns de originais (Kill'Em All, Ride The Lightning, Master of Puppets, ...And Justice For All, Metallica, Load, Re-Load e St.Anger), 3 EPs (The $5.98 E.P.: Garage Days Re-Revisited, Garage Inc e Some Kind Of Monster), bem como dois álbuns ao vivo (Live Shit - Binge And Purge e S&M), isto tendo só em conta o material oficial, pois existe muito mais que pode ser encontrado por exemplo no site oficial da banda.

Quanto aos elementos do grupo, fazem actualmente parte do alinhamento James Hetfield (vocalista/guitarrista rítmico), Kirk Hammett (guitarrista líder), Lars Ulrich (baterista) e Robert Trujillo. No entanto, a banda nem sempre teve estes elementos, pois nomes como David Mustaine (vocalista dos Megadeth), Jason Newsted (actualmente nos Rock Star Supernova) e o malogrado Cliff Burton.








Não me querendo alongar muito na história da banda, há no entanto uma data que marcou para sempre o rumo que os Metallica seguiram. 26 de Setembro de 1986 foi o dia em que o autocarro onde eles seguiam para um concerto na Suécia teve um acidente e vitimou Cliff Burton, baixista da banda. A partir dessa data os Metallica nunca mais foram os mesmos, pois Cliff era muito mais do que um (excelente) baixista. Ele era a par de Hetfield um dos génios da banda, participando em muitas das letras dos primeiros álbuns. Para se ver a importância deste homem, há uma frase que é dita por muitos dos fãs desta banda:"Os Metallica atingiram o céu sem Cliff, com ele teriam passado esse patamar". Por aqui dá para ver a importância que esse senhor tinha.

Actualmente a trabalhar no seu nono álbum de estúdio tendo Rick Rubin como produtor, é de esperar que o álbum saia para Fevereiro, e segundo a banda, será o melhor desde há muito tempo.

Estando minimamente apresentada a banda, passarei a nomear o meu álbum e música preferida.

Álbum preferido:
Ride The Lighting


Segundo álbum da banda, o Ride The Lightning presenteia-nos com temas mais maduros, com a inclusão de uma faixa apenas instrumental e com um alinhamento de sonho. Do álbum destaco as músicas: Ride The Ligtning, For Whom The Bell Tolls, Fade To Black, Trapped Under Ice, Creaping Death e The Call Of Ktulu.

Música Preferida: Ride The Lightning, mas como já falei do álbum homónimo em cima, aqui deixarei aquela que tem das melhores letras da banda: Wherever I May Roam.

Podia deixar aqui muitas palavras sobre a letra da música, mas nada melhor que deixar-vos avaliar por vocês mesmos.

...and the road becomes my bride
I have stripped of all but pride
so in her I do confide
and she keeps me satisfied
gives me all I need

...and with dust in throat I crave
only knowledge will I save
to the game you stay a slave
rover wanderer
nomad vagabond
call me what you will

but I'll take my time anywhere
free to speak my mind anywhere
and I'll redefine anywhere
anywhere I may roam
where I lay my head is home

...and the earth becomes my throne
I adapt to the unknown
under wandering stars I've grown
by myself but not alone
I ask no one

...and my ties are severed clean
the less I have the more I gain
off the beaten path I reign
rover wanderer
nomad vagabond
call me what you will

but I'll take my time anywhere
I'm free to speak my mind anywhere
and I'll never mind anywhere
anywhere I may roam
where I lay my head is home

but i'll take my time anywhere
free to speak my mind
and I'll take my find anywhere
anywhere I may roam
where I lay my head is home

carved upon my stone
my body lie, but still I roam
wherever I may roam

Leaven:

Vou agora contribuir com o meu testemunho sobre esta grande banda. Isto é uma vertente interessante no blog, pois este não se limita a que cada um de nós explore uma banda individualmente, dando assim uma maior perspectiva sobre o que escrevemos.
Sinceramente, os Metallica não fazem parte das minhas bandas predilectas, no entanto, não me posso olvidar de referir que mesmo assim, considero-os uma banda de excelência e de grande categoria. Sinceramente, o que mais me atrai na música de Metallica, discriminando outras grandes vertentes, são os solos de guitarra, que considero, absolutamente fenomenais.

08/12/2007

The Building Of The Wall (The Beginning)


Caros leitores, poderão vocês pensar:"Oh...Mais um blog sobre música". Eu digo-vos: têm razão...é mais um blog sobre música com a excepção de não ser apenas "mais um", não fosse ele feito por nós:

Leaven

Neste blog, vamos falar de música, e mais do que dizer o nome das bandas e os seus dados bibliográficos, vamos também dar a nossa opinião. Espero que este blog seja tão útil para quem o frequente como para nós. Tenho na cabeça a esperança da diferença que este blog possa criar, o título daí vem... Mais que uma apreciação sobre qualquer mistela de sons e ruídos, tenho em mente um espaço que consiga abranger a voz de algo revolucionário nem que partindo de uma arte obíquamente banal e transcendente que é a Música.
Agradeço muito sinceramente ao Luís, o grande responsável do fantástico visual da página e de consequentes extraordinárias ideias.

Luís Miguel

Que mais posso eu dizer? Acho que o Carlos já vos deixou a perspectiva de como este blog irá funcionar e quais os objectivos do mesmo. Da minha parte só tenho a dizer que tentaremos ser o mais imparcial possível, uma vez que tenho a noção que isso será um objectivo aliciante, porque se há algo que aprendi na minha ainda curta andança pelas lides da crítica músical, é que não há nada mais subjectivo que os gostos músicais. Há que distinguir entre gosto pessoal e qualidade, e a grande meta a atingir é tentar fazer essa separação de águas. Haverá ocasiões em que isso será mais difícil que outras, mas sendo nós duas pessoas, duas pessoas a pensar, duas pessoas que apesar de terem gostos semelhantes divergem em alguns aspectos, tudo faremos para que essas ocasiões sejam tão esporádicas quanto a nossa capacidade crítica o permitir.
Em relação ao visual da página, eu apenas meti na prática as ideias de ambos, portanto passo parte da responsabilidade do mesmo para o Carlos.