28/01/2009
Saudades, retalhes e novidades...
Assim, deixo-vos este post de saudade garantindo-vos que o blog continuará com a qualidade do costume ou até mesmo melhor.
Informo também que o Sounds Against The Wall ,mesmo estando activo, continua em fase de remodelação, pois com o tempo de pausa que sofreu, alguns conteúdos do blog ficaram inactivos, como por exemplo, o nosso melodioso Gira-discos. Tentaremos também voltar a criar novas votações, dar uma nova imagem ao blog e reactivar o "Friends Against The Wall".
Para me redimir do monólogo melancólico e seco, deixo-vos uma pérola que encontrei por aí...
Muito Obrigado
Carlos Santos
26/01/2009
Passaporte Auditivo
O génio de Condon já nos havia habituado à variedade, acima de tudo, impregnando em Gulag Orkesta toda a armagura, emoção e instrumentalidade balcã e, posteriormente, a suavidade, dor e romantismo parisiense em The Flying Club Cup, apresentando-nos um verdadeiro hino à vida, à terra e aos seus povos nas suas melodias, construindo com o fulgor das trompetes, o bater dos tambores, a viagem de um acordeão ou um suave soar do ukelele, os mais sinceros postais dos locais por onde passa.
Por enquanto, resta-nos esperar de água na boca pelo EP e salivar ao som destas duas melodias já lançadas:
(Beirut - La Llorona, de March Of Zapotec, o sabor mexicano)
Se a Rita vos trouxe o que de Beirut há de novo, eu faço referência aos últimos trabalhos desta banda que, inicialmente, prometia ser um projecto a solo do vocalista, Zach Condon. O folk parece ser, sem dúvida, a principal referência, aliando-se a todo um conjunto de sons que faz lembrar as bandas filarmónicas, transpirando uma musicalidade repleta de energia, efusiva, alegre, como o verdadeiro folk deve ser.
Gulag Orkestar, de 2006, foi o primeiro álbum; depois da descrição que a Rita fez, pouco mais há a acrescentar. Talvez o facto de a banda parecer, neste trabalho, muito mais do Leste da Europa do que dos Estados Unidos, dê um toque muito distinto a toda a música do álbum. Um ano depois chegou-nos The Flying Club Cup, cujas letras são todas da autoria de Zach Condon. Enfim, mais um trabalho muito bem conseguido e cheio de vitalidade. A começar por uma chamada intensa (A Call to Arms), segue-se um rol de músicas fortes e com a sua quota parte de romantismo francês (basta avaliar a imagem que figura na capa).
"Prenzlauerberg" – 3:46
"Brandenburg" – 3:38
"Postcards from Italy" – 4:17
"Mount Wroclai (Idle Days)" – 3:15
"Rhineland (Heartland)" – 3:58
"Scenic World" – 2:08
"Bratislava" – 3:17
"The Bunker" – 3:13
"The Canals of Our City" – 2:21
"After the Curtain" – 2:54
"Nantes" - 3:50
"A Sunday Smile" - 3:36
"Guyamas Sonora" - 3:31
"La Banlieue" - 1:58
"Cliquot" - 3:52
"The Penalty" - 2:22
"Forks and Knives (La Fête)" - 3:34
"In the Mausoleum" - 3:11
"Un Dernier Verre (Pour la Route)" - 2:51
"Cherbourg" - 3:33
"St. Apollonia" - 2:59
"The Flying Club Cup" - 3:05
20/01/2009
Uma introdução (& The Black Keys)
Feita esta pequena introdução, passemos ao que interessa - música. Achei por bem, ainda num registo mais pessoal, apresentar-vos uma das bandas que mais me tem surpreendido desde que os descobri.
O seu nome é The Black Keys, um duo blues-rock composto por dois rapazes com uma dinâmica guitarra - Dan Auerbach - e persistente bateria - Patrick Carney.
Familiar? Talvez, pois esta receita repete-se numa das mais badaladas bandas da actualidade, tendo até os dois grupos surgido no mesmo ano - The White Stripes, cuja fama ultrapassa, e bem, a dos malfadados Black Keys. Contudo, é certo e sabido que fama não quer dizer qualidade, e em termos de qualidade The Black Keys estão num nível tão bom - ou melhor - quanto os seus "rivais".
As músicas são intensas, um libertar de energia, as melodias ásperas e fortes com um toque de punk-rock, mas a essência blues está toda lá, resultando numa explosão de fulgor contagiante e músicas que são um deleite tanto para os amantes do rock, como os de blues.
Até ao momento contam com 5 albuns - tendo o último sido lançado em 2008, Attack & Release, produção de Danger Mouse, um nome bem conhecido devido à sua banda Gnars Barkley, responsáveis por um dos maiores êxitos de 2007, Crazy - e 2 EP's, e, infelizmente, apesar de terem mantido uma carreira estável, com um consistente número de fãs, esta é uma banda ainda caída na obscuridade.
Um nome a anotar e conhecer.
For Your Consideration:
(The Black Kyes - Just Got To Be)
Desta maneira me despeço, peço desculpa pela rudeza deste primeiro post, mas a fasquia é alta, decerto para a próxima será melhor.
Obrigada, Rita.
16/01/2009
Mil Novecentos e Sessenta.
Após alguns meses sem o mais pequeno indício de movimento, o sítio reabre com novos colaboradores (as), uma vez que os autores andam perdidos por jornadas académicas.
Limpas as teias de aranha, o SATW está, oficialmente, reanimado.
Cumprimentos,
Ana Luísa.